Acabou ou começou? Início ou fim?
Acredito que aconteceram os dois processos, a morte e o nascimento de uma Fenix, tudo isso em dois dias de dejavu.
Foi inspiração, criação ou dinheiro jogado fora, bobagem ou bagagem, enfim eu tenho uma linha de raciocínio e de questionamento que me fazem viajar e observar as pessoas.
Quanto vale seu prazer? Ele tem preço, tem formato, tem peso ou documento? Ou melhor, quanto você está disposto a pagar por ele? Quanto você pagaria para mexerem em você por dentro, praticamente uma cirurgia. Ou transplante?
Sim, agora sei e posso dizer com mais precisão é como um transplante. Transplante este que dá vida à vida.
Não tive dúvida e nem medo, aceitei. Uma parada, uma pausa pra mim, essa internação me salvou da morte, morte que eu vivia dentro da rotina louca e caótica.
Como Xerox, dia a dia a repetição me matava, já estava aprisionada, estava cega, surda, muda e como antigamente vivia da senzala para o trabalho, do trabalho para senzala.
Tudo mudou, estou curtindo a anestesia, não sinto mais dor, essa operação foi sensacional, sem erros, direta ao ponto, agora ouço o canto do meu peito, sinto a energia e vejo arte do momento, já sinto o cheiro da transformação e do sucesso saindo do anonimato.
Já sai do anonimato, todos me viram, fui a 1º a ganhar o sorteio do baralho, jogaram uma camiseta e ela caiu na minha mão, não tive que disputar com ninguém. Está claro e evidente, é um sinal que o universo já está conspirando ao meu favor.
Ainda sinto o calor e o pulsar do momento, algo inexplicável, algo grandioso, tentei dividir minhas emoções, mas não é a mesma coisa, é como um telefone sem fio, nunca é 100% eficaz. Essas sensações precisam ser vividas, sentidas e enlouquecidas, esta é a verdadeira conexão.
Eu consegui me conectar, algo novo está dentro de mim e sinto que corre nas minhas veias o melhor do Pixel Show.
